Cavalo Mangalarga Tradição

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                 Geraldo Diniz Junqueira e José Leonardo Villela de Andrade

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           José Oswaldo Junqueira , José Leonardo Villela de Andrade e Zeco Villela de Andrade

Introdução .

Esta foi a maneira que encontramos de fazermos uma homenagem aos grandes criadores da Raça Mangalarga .
Criamos este site para que todos possam participar de forma simples e com o coração pulsando !..
Pois somos todos filhos , netos , bisnetos , tataranetos dos precursores da Raça Mangalarga .
Ou  somos simpatizantes , apaixonados , apenas criamos porque gostamos de cavalgar !...
Não importa , o que realmente nos interessa é que agora vamos Gritar ao Mundo que nós temos o "Cavalos de Sela Brasileiro" !....
E mais do que isto, todos somos apaixonados , vibramos e nos emocionamos com o andar , o trote , a marcha  ..Todos temos "sangue Mangalarga nas veias"...
O cavalo Mangalarga tem mais do que beleza , rusticidade e nobreza , ele tem "Função" , que significa ser funcional , para a lida na fazenda ou para esporte , cavalgadas e caçadas esportivas .
Agradeço a todos vocês , que de uma maneira sincera , amorosa e amiga , nos ajudaram a realizar este "Sonho" !...
O Sonho de mostrarmos ao Mundo que nós temos a Raça !...
Também agradeço a meu pai , José Leonardo Villela de Andrade que me ensinou desde muito pequena a Amar e a respeitar de uma forma profunda o Cavalo Mangalarga .
De onde estiver , tenho certeza você está agora com os companheiros Mangalarguistas cavalgando pelos campos floridos do Olimpo !...


M. Ruth M. Villela de Andrade . 

 
Français
 
Mangalarga Tradition

Cest de cette manière que nous allons  faire hommage aux grands éleveurs de de La  race Mangalarga

Nous avons fait ce site pour que tous puissent participer simplement avec Le coeur bâtant !...
Car nous sommes tous Enfants, Petits-enfants, Arrière petits-enfants, Arriére-arriére  petits-enfants de La race Mangalarga.
Ou sommes sympathisants, amoureux, ou alors simplement parce que nous aimons chevaucher!...
Peu importe, ce qu°il nous intéresse réellement aujourd°hui, c°est que nous allons crier au Monde que nous avons aussi de “chevaux de scelle  Bresiliens”!... ET plus encore nous sommes amoureux de cette Race, On vibre et on est émus en les regardant Marcher, Trotter, Galoper.. nous avons tous du “sang Mangalarga qui coule dans nos veines”!...
Le cheval Mangalarga Il a plus que La beauté, Il es rustique et noble, Il es “Fonctionel” se qui signifie être fonctionnel, pour Le travail de La ferme mais aussi  pour Le Sport les randonnées et les chasses a cour.
Je vous remercie tous, Par La manière sincère, amoureuse et amicale, nous avoir aidé a réaliser ce “Rêve”!...
Ce Revê de montrer au Monde que nous avons La “Race”!...
Je tiens a remercier tout particulièrement mon Père, José Leonardo Villela de Andrade qui ma appris depuis toute petite a Aimer et  respecter profondément Le Cheval race Mangalarga. 
Ou que tu sois, j°ai La certitude que avec tes amis Mangalarguistes tu randonne dans les champs fleuris d°Olympe!...

 
Deutsch


Dies  ist die beste Art mit der wir die großen Züchter der Pferderasse „Mangalarga“ ehren können:

Wir haben eine“ homepage“ entworfen, damit alle auf einfache Weise und aus vollen Herzen teilnehmen!....
Denn wir sind alle Kinder, Enkel, Urenkel oder Ur-Ur-Enkel dieser Vorreiter der Rasse „Mangalarga“..,oder wir hegen Sympathien, sind verliebt, oder wir züchten, weil wir gerne reiten!...
Wie dem auch sei, was uns wirklich interessiert, ist der Welt zuzurufen, dass wir über eine „Rasse mit brasilianischen Ursprung“ verfügen. Und darüber hinaus sind wir mit Leidenschaft dabei, wir lassen uns mitreissen und sind begeistert über den Gang, den Trab, den Lauf…Wir alle haben „ Blut der Rasse Mangalarga in den Adern“.!
Die Pferderasse Mangalarga besitzt mehr als nur Schönheit, Robustheit und Vornehmheit sie hat auch eine „Funktion“, d.h. nützlich sein, z.B. auf dem Bauernhof oder in sportlicher Hinsicht, beim Reiten oder auf der Jagd.
Ich danke Euch allen, die ernsthaft mitgeholfen haben, diesen „Traum“ zu verwirklichen. Der Traum der Welt zu zeigen, dass wir eine einzigartige Pferderasse besitzen.
Ich danke auch meinem Vater José Leonardo Villela de Andrade, der mir von klein auf beigebracht hat, das Pferd Mangalarga zu lieben und zu respektieren. Wo immer Ihr Euch befinden werdet, bin ich überzeugt davon dass ich nunmehr mit den Freunden der Rasse Mangalarga  gemeinsam „durch die blühenden Wiesen des Olymps“ reite“.

Ingles

This was the way we get to do a tribute to the great creators of Mangalarga.
We created this site so that everyone can participate easily and with the heart beating! ..
For we are all children, grandchildren, great grandchildren, great grandchildren of the pioneers of Mangalarga.
Or are supporters, lovers, because we just love to ride! ...
No matter, what really interests us is that now we scream to the world that we have the "Horse Saddle Brasileiro" !....
And more than that, we are all in love, celebrate and thrill to the walk, trot, gait .. We all have "blood in the veins Mangalarga" ...
Mangalarga The horse has more than beauty, hardiness and nobility, he has "function", it means to be functional to read the farm and sports, horseback riding and hunting sports.
Thank you all, that in a genuine way, loving and friendly, helped us achieve this "dream"! ...
Dream of showing the world that we have the Race! ...
I also thank my father, Jose Leonardo Villela de Andrade, who taught me from very small to Love and respect in a profound way the Mangalarga.
Where you are, I'm sure you are now with fellow Mangalarguistas riding the flower fields of Olympus! ...

Gilberto e Ventaneiro

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A consideração e a amizade entre meu avô João e o Sr. José Oswaldo era tão grande que quando ele chegava na nossa fazenda, Boa Esperança, a minha avó Nicota (Ana Blandina de almeida prado junqueira ) já ia dizendo  - lá vem a noiva do João. Eles se deram muito bem mesmo, o Sr J.O. muito atencioso, sempre disposto a perguntar e aprender, ficava horas com meu avô,  comprou e também  vendeu muitos cavalos e burros de meu avô na região de são josé. A maioria comprava para ele mesmo mas também para outros, tanto  cavalos quanto  burros. O Sr. José Oswaldo foi um grande fomentador do mangalarga, quando as coisas estavam difíceis ele não deixou de levar cavalos em exposições, mesmo em grandes distancias. Depois deste, outros que seguiram a tradição de meu avô(João) foram os sobrinhos dele, Roberto e Geraldo,sendo Geraldo (meu pai) sobrinho e genro  . Meu avô solicitou  a meu pai  que criasse um modo mais fácil de manter os pedigrees do mangalarga e evitar que toda esta tradição oral e com poucos documentos se perdesse. Deu bastante trabalho mas foi tudo documentado e ficou muito bom.De tão bom que ficou pensaram em fazer um livro. Meu avô  deve ter comentado com o Sr. José Oswaldo, do trabalho que ele e o sobrinho haviam feito. Em correspondência entre meu avô João e o Sr. J.O este se mostrou curioso a respeito do trabalho, e depois em uma carta para meu avô ele escreve :"Esperamos impacientemente o livro que você e o seu sobrinho Geraldo vão fazer." Não fizeram nunca. Mas meu pai e nós filhos ficamos depositários deste trabalho e desta história da raça. Meu pai além disto é quem mais preservou o conceito de cavalo que meu avô tanto prezava,de um mangalarga esportivo,que fosse bom de andar mas que além disso tivesse função dinâmica do verdadeiro cavalo de sela ,e para isso além das éguas que meu pai herdou diretamente do Coronel Francisco Orlando Diniz Junqueira,também ficou com 15 das 20 éguas de meu avô João deixou aos herdeiros, e seguiu a risca os seus ensinamentos na criação e seleção do mangalarga. Sua base Agronômica em genética, conhecimento teórico de criação e seleção em todas as raças nacionais de sela, e conhecimento prático nas caçadas e no polo refinaram seu dom para a seleção.    Mas  hoje com a internet e com estes pedigrees online, blogs e sites    vamos aos poucos recontando a história do mangalarga. E nós, Geraldo filhos, continuamos preservando este tipo de cavalo que representa a criação de meu avô.  E esta sua iniciativa vai ter um bom retorno para todos que são apaixonados por cavalo mangalarga. 

História do Cavalo Mangalarga

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..." Os primeiros cavalos chegaram com Martin Afonso de Souza, Duarte Coelho e, principalmente, com Tomé de Souza, primeiro governador geral.
A princípio o interesse dos portugueses no Brasil era apenas extrativo, não tendo eles se preocupado em estabelecer uma seleção dos animais, mas apenas uma criação rudimentar que atendesse às necessidades imediatas. Esta criação cresceu tanto numerosamente que daqui foram exportados cavalos para outras colônias portuguesas. Sem qualquer seleção, esses cavalos foram se degenerando e a criação só tomou novo impulso com a descoberta das minas de ouro.
Com a necessidade de se estabelecerem Alfândegas “Registros”, com tropas de cavalaria para combater o contrabando de ouro, surgiu o interesse pela seleção de animais.
Dois grandes latifúndios tiveram participação efetiva no início da criação de eqüinos no Brasil: a “Casa da Torre” e a “Casa da Ponte”. A primeira, uma enorme extensão territorial no interior da Bahia, ocupando parte do Piauí, Maranhão e Sergipe – fundada por Garcia D’Ávila, almoxarife e homem de confiança de Tomé de Souza, cujos domínios foram respeitados até por Maurício de Nassau e que possibilitou aos baianos ajudarem o movimento de rebeldia aos holandeses em Pernambuco. A manutenção e posse desse grande feudo voltado à pecuária exigiu o desenvolvimento da criação de cavalos e, como aqueles vindos com Thomé de Souza foram os melhores aqui aportados, não houve dificuldade em estabelecê-la.
Foi por esta criação (da Casa da Torre) que os eqüinos holandeses de Pernambuco alcançaram o interior do País, passando por outra grande sesmaria ao sul, a “Casa da Ponte”, pertencente a Francisco Guedes de Brito, a quem a Coroa atribuiu a incumbência de fiscalizar o norte de Minas Gerais, desde o morro do Chapéu na Chapada Diamantina até o Rio das Velhas, dando a seu proprietário o título de Regente do São Francisco
OCAVALO DO SUL
A rota de introdução de Martim Afonso de Souza partiu de São Vicente para São Paulo e daí para as Minas Gerais , a esta entrada se somaram os cavalos trazidos por Pedro de Mendonza que aportou na Argentina para fundar Buenos Aires e a de Álvaro Nunes, o cabeza de vaca, que aportou em Florianópolis e seguiu para fundar assunção no Paraguai.
Essa corrente sulina se intensificou com o bandeirismo e a abertura do caminho que partia de São Paulo para as missões e para São Pedro do Sul RGS .
Desse modo os cavalos vinham do sul para Sorocaba, em São Paulo, e daí iam para as minas onde se encontravam com os cavalos vindos da Bahia e Pernambuco .
Essa mistura de cavalos do sul com os do norte foi a base das éguas de Minas Gerais e provavelmente do CAVALO DO JUNQUEIRA.
Cidade do cabo
Em 1808, com a chegada da Família Real, a abertura dos portos e a elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal, houve um grande aumento de todas as atividades criatórias, inclusive de cavalos, não só através daqueles trazidos pelos portugueses recém-chegados, como também muitos outros vindos da Cidade do Cabo, importados por negociantes ingleses estabelecidos no Rio de Janeiro.
O Cavalo ALTER
Os cavalos portugueses
, provavelmente Alter (raça de eqüinos portugueses a partir de cavalos e éguas espanholas formada na Coudelaria de Alter do Chão), não devem ser confundidos com os primitivos trazidos pelos colonizadores, também chegaram por aqui trazidos pela corte.
 COUDELARIA de ALTER DO CHÃO

A Coudelaria de Alter do Chão foi criada por D. João V, sendo prestigiada e melhorada por D. José I. CIDADE DO CABO
Os cavalos da Cidade do Cabo, possessão inglesa anteriormente holandesa, provinham do cruzamento de cavalos ingleses importados para aquela colônia, com éguas holandesas ali existentes.
"Com a Corte veio o gosto pelo luxo das cavalgadas e corridas, introduzidas aqui pelos ingleses. Foram então requisitados como reprodutores animais das raças recém-chegadas: Alter e Cavalo do Cabo."
COUDELARIA REAL DE CACHOEIRA DO CAMPO
Coroando este período de grandes fatos na eqüinocultura brasileira, D. João VI criou a Coudelaria Real de Cachoeira do Campo(1819), na cidade com o mesmo nome, próxima a Ouro Preto.
QUARTEL DA CACHOEIRA
Durante o século XVIII a Coroa realizou uma série de investimentos para criar e desenvolver um corpo de cavalaria denominado “Dragões”, que culminou com a construção do Quartel dos Dragões e do Palácio dos Governadores Gerais, em 1779. Ao lado destes investimentos do Estado, os particulares também foram estimulados a fazerem suas próprias criações, não só para proveito do Estado, como também para usa daquela população que se multiplicava e enriquecia nas Minas Gerais.
Foi neste cenário, por volta de 1750, que se estabeleceu no Sul de Minas, na Fazenda Campo Alegre, em São Thomé das Letras, o português João Francisco Junqueira. Poucos anos depois mudou-se para um lugarejo próximo denominado Favacho, onde construiu a casa e uma capela,na qual encontrou-se a seguinte inscrição: “Foi Benta em 1o. de Janeiro de 1761”.
1761, marco do estabelecimento dos Junqueira no Favacho, podemos considerar como o ponto de partida da criação Mangalarga.
João Francisco Junqueira teve diversos filhos, todos fazendeiros e criadores como o pai. É costume atribuir-se o título de primeiro criador ao filho mais novo do Patriarca, Gabriel Francisco Junqueira, Barão de Alfenas, pelo fato de ter sido através dele, quando Deputado do Império(1831), que o cavalo dos Junqueira chegou à Fazenda Mangalarga, onde adquiriu este nome.
Podemos facilmente imaginar o sucesso que tal empreendimento causou nas Minas Gerais, de onde irradiaram-se produtos para todas as regiões, beneficiando todas as melhores criações através de seus concorridos remates.
Com o estabelecimento da Coudelaria em 1820, os primeiros produtos foram desmamados em 1821; entre eles 2 potros e 2 potras do “cavalo do Junqueira”. Como esse cavalo procriou em 1821, já era reprodutor em 1820, devendo ter nascido antes de 1817. Portanto, antes de 1817, a Mangalarga já tinha ares de raça, com um representante sendo utilizado como reprodutor no principal núcleo de criação do País.
Os primeiros Junqueira partiram do Sul de Minas em 1812, vindo parar em Orlândia, no Estado de São Paulo, onde em 1816 estabeleceu-se, na Fazenda Invernada, um neto do Patriarca com o nome de Francisco Antonio Junqueira e na Fazenda Santo Ignácio em Morro Agudo estabeleceu-se seu cunhado, João José de Carvalho, ambos provenientes das Fazendas Favacho, em Cruzília, e Santo Ignácio, em Luminárias. Trouxeram consigo, além da família e famulagem, seus animais entre os quais o garanhão Sublime e a égua Fortuna, mãe de Fortuna I.
Voltando a Minas Gerais, por ocasião do nascimento de sua primeira filha, Francisco Antonio foi presenteado por um de seus cunhados com um potro alazão salpicado de nome Volteiro, que reproduziu apenas 2 anos por ser quase indomável, apesar de lindo, ótimo andar, resistente à toda prova. Teria sido este animal o antecedente do cavalo Alazão, um dos mais renomados reprodutores dos primeiros tempos e ainda responsável pela introdução da pelagem salpicada no Mangalarga.
Em 1833 casou-se José Frauzino Junqueira, irmão mais novo de Francisco Antonio, e como o costume era o noivo chegar a cavalo, Frauzino adquiriu de um tio de sua noiva, Carlos de Sá, na Mantiqueira, o cavalo Gregório, descendente dos Sublimes de Barbacena. O pagamento foi feito pela troca de vinte novilhas turinas, uma fortuna para a época.
Em 1840, com a saúde abalada, Francisco Antonio retornou a Minas, centro mais civilizado e de maiores recursos para tratamento, em companhia de seu filho primogênito João Francisco, da Fazenda Melancias.
Informado por seu primo Francisco de Andrade Junqueira – o ‘Chiquinho do Cafundó’ – filho do Barão de Alfenas, de que os cavalos dos Junqueira estavam muito valorizados devido a uma compra que lhes fizera um fazendeiro muito rico do Estado do Rio e este os teria recomendado a amigos, João Francisco adquiriu um reprodutor para refrescar a consangüinidade dos cavalos criados em São Paulo. Este esteio da raça foi Telegrama, conhecido dos antigos criadores por Telegrama Velho.
Em 1867, Francisco Marcolino Diniz Junqueira – o ‘Capitão Chico’, segundo filho de Francisco Antonio, tomou emprestado de seu amigo João Alves Gouveia, Barão de Lavras e proprietário da Fazenda Chamusca, em Carmo da Cachoeira, Minas Gerais, o reprodutor Joia, conhecido como Joia da Chamusca, fundador de um importante ramo da Mangalarga, que vem até nossos dias. O último grande chefe de raça dos Mangalarga primitivos foi Rosilho (ou Abismo), de Antonio Gabriel Junqueira, filho do Barão de Alfenas e proprietário da Fazenda Narciso, em Cruzília.
Os Junqueira sempre preservaram e distinguiram as linhagens de: Fortuna, Sublime, Gregório, Telegrama, Joia e Rosilho, devido ao fato deles descenderem de diferentes reprodutores ou mesmo de diversas linhagens de reprodutores que pertenciam à Coudelaria Real de Cachoeira do Campo ou Coudelaria de Barbacena, como era conhecida, por ter sido morada do Visconde de Barbacena.
Em Cachoeira do Campo coexistiram cavalos de raça Alter, Inglês, Frances, Alemão, Árabe e, provavelmente, do Cabo da Boa Esperança.
Os “Fortuna” eram reforçados, de crinas ásperas, corpo curto e forte, ventre desenvolvido; cavalos um tanto cilíndricos e de membros bem aprumados. Tinham contra si a cabeça pesada e o pescoço deselegante. Todos com andar elegante e resistência à toda prova.
A linhagem “Sublime”era proveniente da Coudelaria de “Barbacena”, da qual João Francisco “das Melancias” tinha uma égua preta que muito estimava e dizia sempre ser filha do Sublime, cavalo de seu falecido pai. Esta égua foi mãe de Rio Branco.
Gregório era tordilho, crinas claras, descendente dos “Sublime” de Barbacena. Seus filhos eram elegantes, de pescoço comprido, pêlos muito finos e crinas transparentes. Entre seus descendentes, dois levaram o nome de Cisne, devido ao pescoço elegante.
Os “Telegrama”eram marchadores, não tão carnudos como os “Fortuna”, cabeça fina, crina e cauda com pouco cabelo macio, de garupa plana e grande velocidade, muito usados como cavalos de silhão .
Os “Joia”eram escorreitos, impecáveis na forma, pescoço altaneiro, olhos vivos, cabeça pequena, porém menos seca que os “Telegrama” e os “Gregório”, ágeis e velozes; mas como os “Fortuna”, eram rebeldes. Os “Joia” foram célebres cavalos de corrida e de caçada.
Os “Rosilho” tinham a mesma origem e tipo dos “Telegrama”, porque seus criadores eram irmãos e vizinhos. De Rosilho (ou Abismo), descendem a maioria dos representantes da raça de marchadores e da raça Mangalarga.
ESQUEMA DAS ORIGENS DO CAVALO MANGALARGA

1) CAVALO DA PENÍNSULA IBERICA
+ CAVALO DOS MOUROS E ÁRABES
=CAVALO DO CONQUISTADOR

2) CAVALO DO CONQUISTADOR, VINDO DO NORTE.
CAVALO DO CONQUISTADOR TOMÉ DE SOUZA
+CAVALO HOLANDÊS
=CAVALO DO SERTÃO DO SÃO FRANCISCO (NORDESTE)

3) CAVALO D CONQUISTADOR, VINDO DO SUL.
CAVALO DE MARTIN AFONSO DE SOUZA (PIRATININGANO)
+CAVALO DE ÁLVAR NÚÑES CABEZA DE VACA
+CAVALO DE PEDRO DE MENDOZA
= CAVALO DOS TROPEIROS (CAVALO SULINO)

4)CAVALO DE MINAS GERAIS =
CAVALO DO SERTÃO DO SÃO FRANCISCO (NORDESTE)
+ CAVALO DOS TROPEIROS (CAVALO SULINO)
=CAVALO DE MINAS GERAIS (BASES DO CAVALO DO JUNQUEIRA)

5) CAVALO DA CORTE E DA ABERTURA DOS PORTOS
= CAVALO ALTER
+ CAVALO DA CIDADE DO CABO
(CAVALO INGLÊS DE CORRIDAS + CAVALO HOLANDÊS)

6) CAVALO DO BRASIL NA ÉPOCA DE D. JOÃO (RIO E MINAS GERAIS)
= CAVALO DE MINAS GERAIS+ CAVALO ALTER+ CAVALO DA CIDADE DO CABO
7) CAVALOS DA COUDELARIA REAL DA CACHOEIRA DO CAMPO:
=REPRODUTORES DE VÁRIAS ORIGENS (PORTUGUÊS, FRANCÊS, ÁRABE ALEMÃO,O CAVALO DO JUNQUEIRA E O CAVALO DO CABO DA BOA ESPERANÇA)
8) CAVALO MANGALARGA=CAVALO DO JUNQUEIRA + CAVALO DO BRASIL NA ÉPOCA DE D. JOÃO + 
VÁRIOS REPRODUTOREs ESTRANGEIROS ORIGINÁRIOS DA COUDELARIA REAL DA CACHOEIRA DO CAMPO.
Aquela marcha picada, batida, ao passo esquipado, tão úteis nas grandes caminhadas, nas montanhas e terrenos acidentados de Minas Gerais, onde nos seus campos limpos, de fácil visão e audição, a caçada ao veado – esporte favorito da época – podia-se acompanhar nesta toada, foi modificada com a vinda dos primeiros criadores para São Paulo.As terras planas da Mogiana e a vegetação do cerrado obrigaram o criador a selecionar animais bons galopadores e, em conseqüência desta seleção, o andar do Mangalarga evoluiu para marcha trotada.O grande artífice desta formidável evolução foi, sem dúvida, Francisco Marcolino Diniz Junqueira – o “Capitão Chico” – trabalhador obstinado, fazendeiro entusiasmado e evoluído, caçador infatigável e insuperado, e, sobretudo, apaixonado incondicional por sua criação de cavalos.Homem de espírito empreendedor, “Capitão Chico“ conseguiu um desenvolvimento notável em todas suas propriedades e criações. Relacionou-se em todo o Estado com as mais eminentes pessoas e constituiu um patrimônio tal que, junto com seus descendentes, liderou a implantação do café na região. O progresso possibilitou o conhecimento de outros países e outras raças de cavalos que o “Capitão Chico“ e sua família não mediam esforços em testar e confrontar com os de sua própria criação; mas não os utilizou em linhagem masculina por revelarem-se inferiores aos seus, em nossas condições.Em toda criação feita com orientação, determinação e perseverança, nascem, de tempos em tempos, indivíduos proeminentes, capazes de marcar toda uma raça. Na Mangalarga também foi assim. E, esse agente que transformou totalmente a raça Mangalarga foi COLORADO.Linhagem paterna dos “Fortuna”, filho de Fortuna V, Colorado também descendia de Telegrama, Gregório, Joia da Chamusca, Sublime e Alazão, trazendo em si a mais nobre herança da Mangalarga que veio engrandecer as raças nacionais. Em 1917, no Rio de Janeiro, Colorado foi Campeão de Todas as Raças Nacionais; e deixou em seus inúmeros descendentes a correção impecável de suas formas e a marca indelével de sua presença: a pelagem “alazã”, até então muito rara e que hoje é a marca registrada da raça Mangalarga.Podemos dizer, com toda segurança, que a totalidade da raça descende de Colorado, o alazão bronzeado com listra na testa e pé direito branco, crioulo de um dos mais importantes criadores, o Coronel Francisco Orlando, fundador da cidade de Orlândia e filho do “Capitão Chico“.Orientados pelo zootecnista Paulo Lima Corrêa, que em 1928 sugeriu no seu livro “A Criação do Cavalo” as bases da caracterização do Mangalarga, e inspirados no trabalho do zootecnista argentino Emílio Solanet, que lançou as bases do cavalo CRIOULO ARGENTINO, os criadores Dr. Celso Torquato Junqueira e Renato Junqueira Netto reuniram um grupo de criadores que doaram 15 éguas à Estação Experimental de Sertãozinho para que fossem iniciados os estudos técnicos sobre a raça Mangalarga e posteriormente estabeleceram-se as bases de sua seleção.Em 25 de setembro de 1934 foi fundado o Registro Genealógico do Cavalo Mangalarga em São Paulo e eleita sua primeira diretoria. Foi constituída a Comissão Julgadora para selecionar os animais a serem aceitos no Livro Aberto. Todos os criadores podiam requerer o exame de seus animais e, se preenchessem as exigências para registro, seriam inscritos no Livro. O recebimento de animais em Livro Aberto encerrou-se em 31 de Dezembro de 1943, com o registro em Livro Fechado, onde só seriam admitidos filhos de pais registrados. Esta providência, bastante questionada por muitos que a julgaram precipitada, foi que ocasionou a criação da Associação dos Criadores dos Cavalos Marchadores da Raça Mangalarga, para que aqueles criadores possuidores de animais em condições de registro no Livro Aberto, mas que por qualquer motivo não o fizeram, pudessem optar por um outro registro.A alegada diferença de andares não se justifica, uma vez que, a princípio a Associação de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga admitia a marcha em três tempos e, só a retirou do padrão por uma interferência indevida do Ministério da Agricultura, pressionado por criadores da nova raça que queriam exclusividade no andamento "...

Fonte -http://mangalargamangalarga.blogspot.com/2008/08/histria-do-cavalo-mangalarga.html
Gentilmente sedida pelo grande criador e historiador da raça Gilberto D. Junqueira .

Algumas histórias de nosso cavalo

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Roberto Diniz Junqueira  com Xapuri do Boa Vista

Amigos e Criadores da Raça Mangalarga

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Em Exposições se encontravam e confraternizavam - se, era o Momento Mais esperado do ano.

Puitã VA

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Sede da Fazenda Cachoeira de José Leonardo Villela de Andrade

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Vespertino .
Inserir aqui os animais a venda, com os nomes dos criadores, filiação e os mesmos contatos com

Estamos em construção !
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